quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Pode a crónica ser um subgénero literário? Caso: Lobo Antunes

Crónica de um domingo

Século XX, algures nos anos 90, by António Lobo Antunes.
Aos domingos a seguir ao almoço visto o fato de treino roxo e verde e os sapatos de ténis azuis, a Fernanda veste o fato de treino roxo e verde e os sapatos de salto alto do casamento, subo o fecho éclair até ao pescoço e ponho o fio de ouro com a medalha por fora, a Fernanda sobe o fecho éclair até ao pescoço e põe os dois fios de ouro com a medalha e o colar da madrinha por fora, tiramos o Roberto Carlos do berço, metemos-lhe o laço de cetim branco na cabeça, saímos de Alverca, apanhamos os meus sogros em Santa Iria de Azóia e passamos o domingo no Centro Comercial.
 
A Fernanda senta-se atrás no Seat Ibiza, com o menino e a Dona Cinda, o senhor Borges ocupa o lugar ao meu lado, de Record no sovaco, fato completo, gravata de flores prateadas e chapéu tirolês, ajuda-me no estacionamento das Amoreiras a tirar o carrinho da mala e todos os automóveis do parque são Seat Ibiza, todos têm mantas alentejanas nos bancos, todos apresentam um autocolante no vidro que diz: Não me siga que eu ando perdido, todos possuem uma rodela Vida Curta no guarda-lamas direito e uma rodela Vida Longa no guarda-lamas esquerdo, de todos os espelhos retrovisores se pendura o mesmo boneco de peluche, todos exibem junto à matricula com o circulo de estrelinhas da Europa a mesma rapariga de Stetson e cabelo comprido, todos trouxeram o Record, os sogros e o filho, todos devem habitar em Alverca e todos circulam a tarde inteira no Centro de forma idêntica à nossa: adiante a Fernanda e a Dona Cinda, de raposas acrílicas, a coxear por causa de uma unha encravada, empurrando o Roberto Carlos que esperneia, desfeito num berreiro, com a chupeta pendurada na nuca por uma corrente, e o Senhor Borges e eu vinte metros atrás, preocupados com a carreira do Olivais e Moscavide que perdeu em Alhandra apesar de ter comprado um avançado cabo-verdiano ao Arrentela e que em vez de jogar à bola leva as noites a mariscar tremoços na cervejaria, de brinco na orelha, no meio dos amigos pretos, com o tampo da mesa coberto de canecas vazias.
 
Como a Fernanda e a Dona Cinda param em todas as montras de móveis e boutiques a bisbilhotarem quinanes e kispos, acontece enganar-me e trocá-las por outra sogra acrílica, outra mulher roxa e verde e outra criança de laço, e sucede-me passar horas num banco, sem dar pela diferença, com uma Fátima e uma Dona Beta, a planear as prestações de um microondas e de um frigorífico novo, seguir para Alverca, jantar o frango da Casa de Pasto e a garrafa de Sagres do costume, e só na terça-feira, quando vou a sair para a Junta, a minha esposa informa, envergonhada, que mora em Loures ou na Bobadela, o Roberto Carlos se chama Bruno Miguel, e deu pelo engano, há cinco minutos, porque a minha Última Ceia é de estanho e a dela é de bronze. Claro que corrigimos o erro no domingo seguinte, em que volto para casa com uma Celeste e um Marco Paulo no Seat, a que juntei (será o meu Seat Ibiza?) um autocolante que deseja: espero não te conhecer por acidente.
 
Esta semana a minha mulher chama-se Milá, o meu filho Jorge Fernando e ando a pagar um apartamento em Rio de Mouro. Como esta sempre cozinha melhor que as outras não faço tenções de voltar às Amoreiras. Se ela gostar de telenovelas só tornamos a sair daqui a muitos anos, quando o miúdo usar um fato de treino roxo e verde, e eu encontrar no armário do quarto um casaco de raposas acrílicas e um chapéu tirolês, e escutar lá em baixo a seguir ao almoço, a buzina do Seat Ibiza da minha nora. Como nessa altura devo andar a dieta de sal por causa da tensão qualquer peixe grelhado me serve.

E a FC, Senhor? Fala do futuro ou do presente?

Ficção científica (ou FC): subgénero que abarca um vasto leque de variantes, todas (em princípio) em torno do futuro e/ou da tecnologia.

Depois há os jogos: a saga Star Wars passa-se «há muitos, muitos anos, numa galáxia distante» - ou seja, o filme é futurista, com naves espaciais, sabres laser, alienígenas de todo o tipo, mas... há muito tempo atrás.

Utopias e distopias oscilam entre dois campos: ficção científica e ficção política.

E, como sói acontecer em literatura, as fronteiras não são nítidas.


Perguntar não ofende: por que motivo a FC, falando do futuro, envelhece tanto e tão depressa?M





Mr. Mxyptlk e o Leprechaun do folclore irlandês.

Podemos imaginar o que está para lá da nossa imaginação?
E que língua falar com quem não integra o nosso sistema linguístico? O filme Arrival coloca bem essa questão. O físico nuclear pede à linguista e antropóloga:
«Pergunta-lhes que combustível usaram para poderem atravessar os buracos negros e saltar no tempo.»
E ela: «Espera. Primeiro temos de descobrir como se diz olá na língua deles.»



terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Aula 5 (28/2) - Comunidade e Brexit

O depoimento de Nigel Farage, depois da vitória no referendo do Brexit. Aqui.

E uma pub na tv aqui.

E Boris Johnson respondendo ao anúncio dos 350 milhões de libras/semana. Aqui

Aula 4 (26/2): «O sino» e o texto

Breve resumo (que faço quando me apetece, não tenho obrigação) da aula de ontem:

1) projecção do episódio «O sino» do filme Andrei Rublev (1966, URSS) de Andrei Tarkovski.





E, no fim, a questão que o episódio do sino tenta ilustrar: como se faz um texto (literário, pictórico, cénico, fílmico ou outro)?


P.S.) As notas no quadro não são a aula - se o fossem, não seria preciso haver aula. São pontos, chamadas, a partir dos quais saem alguns fios noutras direcções, c'est tout. 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Solaris, o livro

Agora reeditado pela Antígona. Ver mais aqui.

Há muitos mais, mas aqui ficam os meus livros «de FC» favoritos:
1) LEM, Stanislaw, Solaris  
2) VONNEGUT, Kurt, Matadouro 5 [Slaughterhouse 5]
3) STRUGATSKI, Arkadi e Boris, Piquenique à beira da estrada

E a sua lista? 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

AULA 3: «COMUNIDADE»

1. Antes de mais, a sacramental pergunta: leu o texto?
2. Gostou? Em que género o integraria? Conto, ensaio, crónica, homilia ou...?
3. O que está em causa?
4. O autor fala sobre o quê?
5. Vida e literatura - como se relacionam?
6. Faça perguntas ao texto - o texto dirá o que tem a dizer
7. Escolha um trecho de que goste mais ou que lhe faça mais espécie

Escolha um prato do menu e prepare uma comunicação sobre ele.

Aperitivo: um discurso, uma análise, um momento de comédia ou um pássaro?
Trevor Noah sobre o massacre na Flórida. Aqui. 

O caso Valtonyc

Valtonyc é o nome de palco - ou nome de guerra - de um rapper espanhol que foi agora condenado a três anos de prisão efectiva por um tribunal espanhol.

«(...) El proceso de denuncia y posterior condena al rapero mallorquín comenzó en el año 2012. “Todos esos años juntos le tengo que pagar al abogado. Ojalá la movilización hubiera empezado antes y no hubiera llegado a la condena firme que tengo hoy”. El joven Valtonyc se enfrenta a tres años y medio de cárcel. Tres mil euros de multa y cinco mil euros de gastos para el abogado. "¿Se creen estos jueces que puedo pagar casi diez mil euros al Estado trabajando en una frutería a media jornada?". 
«Desde que terminara los estudios obligatorios, Valtonyc se ha buscado la vida de trabajo en trabajo. “Ahora estoy en una frutería pero solo a medio turno como tanta gente que se parte la cara en España”, denuncia.
«En las redes, los mensajes reciben miles de retweets. Le quedan pocos minutos para ir andando a su trabajo en el pueblo mallorquín de Sineu. En las próximas semanas su abogado presentará el recurso ante el Tribunal Supremo. Sin embargo, aclara que “antes tendrá que juntar durante estos días los tres mil euros que vale presentar los papeles, antes de que me lleven a la cárcel”, aclara. (...)»

Se ler aqui pode chegar a várias facetas da notícia, inclusive (pesquise um bocadinho) às letras das canções que levaram à condenação.

A resposta não é óbvia. O que acha você? 

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Joseph Beuys

O link para o trailer legendado aqui.

Um trecho de uma conferência em inglês aqui.

Marina Abramovic sobre Beuys. Aqui.

E o que raio tem isto a ver com literatura?

Boa pergunta.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Segunda aula

0. Boas vindas aos novos alunos. 0.1. Revisitação do programa. 0.2. Dissertação acerca do que se pode entender por marginal, cânone, literatura. 0. 3. A importância do suporte: só há poesia em papel couché? 

1. A literatura: entre a política, a economia, a cultura, a sociedade.

2. Bem usar a linguagem: PC e BE são «extrema-esquerda»? É legítimo chamar-lhes isso?
Oscar Wilde disse «Levo sempre algo sensacional para ler em viagem, o meu diário»? Ou foi uma personagem de uma peça sua?

3. Dois modelos de 'escritor marginal': Luiz Pacheco e Charles Bukowski.
3.1. Modelos até que ponto? Por terem as calças rotas? A barba por fazer?
3.2. Visão de alguns filmes.

TPC para aula 3: ler «Comunidade».

Charles Bukowski, herói dos «escritores marginais»

O making of de Barfly aqui.

Mais aqui, «on love». 

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O Amor é um Cão dos Diabos

Ainda sob os ares de São Valentim, deixo aqui algumas passagens (escolhidas meramente por afinidade) do livro Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes. E, como me pareceu duplamente pertinente (pelo significado que encerra e por o autor constar no programa da cadeira), atribuí o título a partir de uma antologia poética de Charles Bukowski. Aos interessados, podem descarregar estas duas obras aqui e aqui, respectivamente.


“Que quer isto dizer, «pensar em alguém?» Quer dizer: esquecê-lo (sem esquecimento, não há vida possível) e despertar muitas vezes desse esquecimento. Muitas coisas, por associação, conduzem a ti no meu discurso. «Pensar em ti» nada mais significa do que esta metonímia. Pois, em si mesmo, esse pensamento é vazio: eu não te penso; apenas te faço regressar (na mesma proporção em que te esqueço).” (pp. 58)


“É certo que não existe felicidade na estrutura, mas toda a estrutura é habitável, sendo mesmo esta, talvez, a sua melhor definição. Posso muito bem habitar o que não me faz feliz; posso ao mesmo tempo lamentar-me e permanecer; posso recusar o sentido da estrutura que me faz sofrer e atravessar sem desagrado alguns dos seus bocados quotidianos (hábitos, pequenos prazeres, pequenas seguranças, coisas suportáveis, tensões passageiras); (…)” (pp. 62)


“Ao chorar, quero impressionar alguém, fazer pressão sobre ele («Vê o que fazes de mim»). Pode ser – e é-o normalmente – o outro quem se constrange assim a demonstrar abertamente a sua comiseração ou a sua insensibilidade; mas posso também ser eu próprio: obrigo-me a chorar para provar a mim mesmo que a minha dor não é uma ilusão: as lágrimas são signos, não expressões. Pelas minhas lágrimas, conto uma história, elaboro um mito de dor e então habituo-me: posso viver com ela, porque, ao chorar, ofereço a mim próprio um interlocutor enfático que recolhe a mais «verdadeira» da mensagens, a do meu corpo, não a da minha língua: «As palavras, o que são? Uma lágrima dirá mais.»1” (pp. 74)


“[…] ao mesmo tempo que me identifico com a infelicidade do outro, o que leio nessa infelicidade é que ela existe sem mim e que, sendo infeliz por si próprio, o outro me abandona: se ele sofre sem que eu seja a causa, é porque não significo nada para ele: o seu sofrimento anula-me na medida em que existe fora de mim próprio.” (pp. 80-1)


“Ou ainda: em vez de querer definir o outro («O que é ele?»); volto-me para mim mesmo: «O que quero eu, eu que quero conhecer-te?» O que aconteceria se decidisse definir-te como uma força e não como uma pessoa? E se eu próprio me situasse como uma outra força perante a tua força? Eis o que aconteceria: o meu outro definir-se-ia apenas pelo sofrimento ou prazer que me proporciona.” (pp. 174)



1 Schubert, Elogio das Lágrimas

BARTHES, Roland (1977). Fragmentos de um Discurso Amoroso. Lisboa: Edições 70

sábado, 17 de fevereiro de 2018

A televisão, esse deseducador permanente


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Nota: questionar sempre, mesmo um título como este. Até porque Hanif Kureishi é um dos mais respeitados escritores ingleses.

«If you really want to know about it, I will own up. I’ve barely left the house in the last 18 months because I’ve been watching what for me seems like a lot of TV, around five hours a night. And I can’t say that a moment of it – apart from, say, the second season of Mr Robot – feels like wasted time. (...)
    Continuar a ler o artigo dele no The Guardian aqui

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O PUNK QUE PENSA E LÊ

Gosto muito de John Lydon, a.k.a. Johnny Rotten (Joãozinho Podre). Sempre o achei o mais literário dos punks por as suas letras - poemas - terem desvios, ironias, ambiguidades, implicações que iam para além do básico protesto ou desabafo ou da simples necessidade de rima.

E quantos punks leram James Joyce e falam disso com um à-vontade de quem se nota que leu mesmo, não está apenas a fingir que leu?

«(...) The Anarchy lyrics were written “almost spontaneously” in rehearsals – a volcanic eruption after years of frustration. “What Robin Williams described as ‘overflowing madness’,” he sniggers. “Mix that with a bit of James Joyce and out it comes. Repression, [anti-Irish] racism, the belief that class was all important ... I’d seen what was coming: Ikea-made shopping centres, the destruction of personality. I was lucky to have words to express what a lot of people were feeling.”»

Para ler o artigo do The Guardian clique aqui

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

BD: Art Spiegelman


José Vilhena


Stanislaw Lem: Solaris (1961)

O livro em português pode talvez ser baixado aqui.

Não será difícil também encontrá-lo noutras línguas ou em edições baratas.

A ver: o filme homónimo de Andrei Tarkovski (1972). 

Luiz Pacheco

PACHECO, Luiz, «Comunidade»:
Disponível online aqui.

Um documentário sobre Luiz Pacheco pode ser visto aqui.

Ou então em excertos avulsos, como «O cachecol do artista», com o lendário editor da & etc. Vítor Silva Tavares.



Plano


Programa

POR FAVOR, enviem o vosso mail para o
Docente responsável: zink.rui@gmail.com
a fim de serem convidados para co-autores deste blogue. E coloquem sempre como assunto: Literaturas Marginais ou Lit Marg.

Avaliação: modelo A: participação, trabalho, frequência. Modelo B: frequência. Com 9 vai a exame.

Frequência: 21/5, 14h-16h

Exame: 18/6, 14h-16h

Este é o blogue da disciplina de opção livre de Literaturas Marginais. Não é necessário frequentar um curso de literatura, embora ajude, porque esta é uma cadeira de literatura.

O blogue conta com a vossa autoria. Nele espero que todos possamos partilhar textos e micro-ensaios, comentários avulsos que tenham a ver com o âmbito da cadeira.

E qual o âmbito da cadeira? Boa pergunta.

Em Literaturas Marginais são apresentados aos alunos subgéneros e textos que, por uma ou outra razão, não são pacificamente aceites como fazendo parte do campo literário. Temos uma primeira divisão em dois grandes grupos: paraliteraturas impressas e paraliteraturas expressas.

O termo paraliteratura foi cunhado por Gérard Genette, e significa, à letra, algo que está próximo, ao lado da coisa literária. Parte da discussão é precisamente se o texto X ou a variante Y são/estão literatura.

O modelo seguido é o da amostra médica. Apresenta-se uma variante - digamos, uma gaveta conceptual - e em seguida um texto exemplar, quer representativo do género, quer quebrando o clichê sobre o género. Se possível o texto proposto será em português mas não necessariamente. No caso do policial propomos Um imenso adeus, de Raymond Chandler e/ou A mão esquerda do diabo, de Dennis McShade. Mas o aluno pode (e faz muito bem) ler outros textos.

O critério para escolha dos textos pode ser o da sua importância (o caso de Solaris, de Stanislaw Lem, para a FC) mas pode também ser apenas - ou sobretudo - o de coincidir com os interesses do docente. Se no caso do humor/sátira escolho falar de José Vilhena e não de Lucrécio ou do Diabinho da Mão Furada é porque já escrevi livros sobre Vilhena.

Mail do docente: zink.rui@gmail.com
O objectivo desta cadeira de opção é reflectir sobre um leque, não coerente, de géneros e formas que, de algum modo, não são geralmente integradas no (também discutível) cânone do que é considerado “literatura”. Fica claro que o programa não esgota o que possa ser “literatura marginal”. Cada item será acompanhado por um estudo de caso.
1. Literatura marginal 
1.1. Há um cânone literário?
1.2. Marginal – um conceito equívoco
1.3. Cultura popular e cultura de massa
1.4. O século XX: fronteira e (com)fusão
1.5. «Toda a literatura é marginal»?
1.6. «Toda a poesia é experimental», como diz Gastão Cruz?
1.7. O escritor marginal. Luiz Pacheco, Charles Bukowski.
2. Paraliteraturas impressas 
2.1. Literatura de cordel O caso do Brasil
2.2. Literatura oral e tradicional
2.3. Máquinas narrativas: o romance policial. Dennis McShade e A mão direita do diabo
2.4. Ficção científica ou ficção política? Stanislaw Lem, Solaris 
2.5. Imprensa do coração A fotonovela de Corin Tellado
2.6. Sátira e humor. José Vilhena, Alberto Pimenta, Mário-Henrique Leiria
2.7. Banda desenhada/Literatura gráfica Vânia, Escala em Orongo
2.8. A crónica. Lobo Antunes, Miguel Esteves Cardoso
2.9. Escritores de canções. Sérgio Godinho, Leonard Cohen
2.10. Outras

3. Paraliteraturas expressas 
3.1. Teatro/happening/performance Felizes da Fé
3.2. Poesia visual/experimental Po.Ex (Hatherly, Melo e Castro), Fernando Aguiar
3.3. Livro objecto /Mail Art. Fernando Aguiar/José Oliveira
3.4. Cinema. Vale Abraão (Agustina e Oliveira)
3.5. Rádio/TV Dennis Potter
3.6. Internet, hipertexto, e-leitores Os Surfistas, Arquivo Pessoa
3.7. Blogues, Twits
3.8. Slam Poetry. Os Poetas do Povo. O Rap.
3.9. O Facebook.
2.10. Outras

Bibliografia activa
ARAGÃO, ANTÓNIO [1966]um buraco na boca. Funchal: ed. do A.
AGUIAR, Fernando (1981), O Dedo, Lisboa, Ed. Do A.
BARTHES, Roland (1977), Fragments d'un Discours Amoureux, Paris, Seuil. Ed. ut.: Fragmentos de um Discurso Amoroso, Lisboa, Ed. 70, s.d.
BAXTER, Glen (1990), The Billiard Table Murders, London, Picador
CÓRTAZAR, Julio (1967), La Vuelta al Dia en Ochenta Mundos (2 tomos), Madrid, Siglo XXI de España, 1973
MILLER, Frank (1987), The Dark Knight Returns, New York, DC Comics
MOTA, Augusto; DIAS, Nelson (1973), Wanya – Escala em Orongo, Lisboa, Gradiva 2008
PINTO, Júlio;SARAIVA Nuno (1996), Filosofia de Ponta, Lisboa, Contemporânea
RODRIGUES, Graça Almeida (1981), Vida e Obra de Frei Lucas de Santa Catarina, Lisboa, Imprensa Nacional
HATHERLY, Ana (1975), A Reinvenção da Leitura - Breve Ensaio Crítico seguido de 19 Textos Visuais, Lisboa, Futura
McCLOUD, Scott (1993), Understanding Comics – The Invisible Art, Northampton MA, Kitchen Sink Press
OULIPO (1973), La Littérature Potentielle, Paris, Gallimard
SPIEGELMAN, Art (1986), Maus – A Survivor's Tale, Vol. I., New York, Pantheon. Ed. ut.: Maus, Lisboa, Difel, 1988 (1991), Maus – A Survivor's Tale,Vol. II, New York, Pantheon. Ed. ut.: Maus, Lisboa, Difel, 1995
VONNEGUT, Kurt (1973), Breakfast of Champions, London, Cape Bibliografia passiva

Bibliografia passiva
BORQUE, J.M. DIEZ (1972), Literatura y Cultura de Masas, Madrid, Al-Borak
BOURDIEU, Pierre (1992), Les Règles de l'Art – Genèse et Structure du Champ Littéraire, Paris, Seuil
CASTRO, Ernesto Melo e; HATHERLY, Ana (1981), Po.Ex – Textos Teóricos e Documentais da Poesia Experimental Portuguesa, Lisboa, Moraes
LOPES, Silvina Rodrigues (1994), A Legitimação em Literatura, Lisboa, Cosmo
-- PIMENTA, Alberto (1978), O Silêncio dos Poetas, Lisboa, Regra do Jogo
-- (1994) A Magia que tira os Pecados do Mundo, Lisboa, Cotovia
SARAIVA, Arnaldo (1974), A Crítica Literária e a Crítica Literária em Portugal, Porto, FLP
-- (1975), Literatura Marginal izada, Porto, s.e.
-- (1980) Literatura Marginal izada, Porto, Árvore
ZINK, Rui (1999), Literatura Gráfica, Lisboa, Celta
-- (2000) O Humor de Bolso de José Vilhena, Lisboa, Celta

Netografia
http://www.nfb.ca/film/ladies_and_gentlemen_mr_leonard_cohen
http://arquivopessoa.net/
Luiz Pacheco (o documentário): https://www.youtube.com/watch?v=vs72TLvQa8k
Luiz Pacheco: O Cachecol do artista https://www.youtube.com/watch?v=kkaZyR2KpNE
Geração Feliz: https://www.youtube.com/watch?v=r7oL-Wfz4bI

Etc…

Exame - 20/6, sala B 0.6, 14h

O exame de melhoria e/ou final será dia 20 e não 18, conforme fora inicialmente anunciado. Quem tiver algum problema, contacte-me.